sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

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Começemos pelos olhos. Ah, os olhos! Vejo-os fugidios, tão cheios e tão vazios de um algo que não posso definir. São como um convite a olhá-los de perto, a pedir pra ser engolida e a querer alimentar-se dele. A boca,geralmente sorrindo sem mostrar os dentes, um riso que oscila entre verdadeiro alegre e triste falso.  Mas,seja qual dos dois, a graça dos movimentos dos músculos da face continua ali.  Muitas vezes me peguei fazendo aquele mesmo sorriso  - deleites instantâneos ao imitar o amado. As sobrancelhas, nada demais há nelas a não ser a enorme semelhança com as do pai.  Quanto à pele,macia, limpa e às vezes o torna mais velho do que realmente é, mas só às vezes. Obras da natureza que chamam minha atenção ainda mais.  Cabelos negros de aspecto macio, daqueles que nos dão vontade de arrumar e desarrumar até o fim do mundo. O corpo não há quê se queixar,na medida. O seu jeito de ficar parado cruzando os braços é fascinante. Dá vontade de admirá-lo até a eternidade. O estilo de roupas termina de compô-lo perfeitamente bem.
Mas ele não sabe. Ele nunca saberá.

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